domingo, 27 de novembro de 2011

Daniel: Um servo fiel

Ez 14.14,16,18

Texto Base ð ainda que estivessem no meio dela estes três homens, Noé, Daniel e Jó, eles, pela sua justiça, salvariam apenas a sua própria vida, diz o SENHOR Deus. [...] tão certo como eu vivo, diz o SENHOR Deus, ainda que esses três homens estivessem no meio dela, não salvariam nem a seus filhos nem a suas filhas; só eles seriam salvos, e a terra seria assolada. [...] tão certo como eu vivo, diz o SENHOR Deus, ainda que esses três homens estivessem no meio dela, não salvariam nem a seus filhos nem a suas filhas; só eles seriam salvos.” (Ez 14.14.16,18 – ARA[1])

Introdução:

O profeta Ezequiel neste trecho de advertência para o povo de Judá, pois Ezequiel profetiza entre os judeus exilados na Babilônia, mas também os últimos dias do declínio e queda de Judá. Seu ministério é em alguns aspectos semelhante ao de seu mais velho contemporâneo, Jeremias. Mas enquanto Jeremias pronuncia em Jerusalém uma deprimente mensagem de destruição, Ezequiel apresenta na Babilônia uma ardente uma ardente mensagem de reconstrução. O livro de Ezequiel é dividido em três fases proféticas e acontecimentos na vida de Judá vejam:

(1) Antes do cerco de Judá por Nabucodonosor (592-587 a.C) – Cap. 1 - 24.

(2) Durante o Cerco de Judá pela Babilônia sob o comando de Nabucodonosor (586 a.C) – Cap. 25 - 32.

(3) Depois do Cerco – a restauração de Judá e Israel – Cap. 33 - 48.

A mensagem de Ezequiel cita três personagens sendo que dois mortos (Noé e Jó) e um vivo neste período (Daniel). Hoje iremos ver porque Deus cita o nome de Daniel como exemplo de um servo de Deus.

Quem Foi Daniel?

O nome Daniel significa “Deus é meu Juiz”, dos quatro profetas maiores, embora ele nunca seja mencionado como profeta no Velho Testamento. A sua vida e profecias estão registradas no Livro de Daniel. Era descendente de uma das famílias nobres de Judá (Dn 1.3) e nasceu provavelmente em Jerusalém em 623 a. C., durante o reinado de Josias. Em Ezequiel diz que aqueles que fossem iguais a Daniel seriam salvos. Daniel foi levado para o cativeiro, não como escravo e sim como nobre, e fez parte da nobreza babilônica e foi governador (Sátrapas) de uma província da Babilônia.

Uma das qualidades da vida de Daniel é: .

I. Ele era fiel. (Dn 6.4) ðEntão, os presidentes e os sátrapas procuravam ocasião para acusar a Daniel a respeito do reino; mas não puderam achá-la, nem culpa alguma; porque ele era fiel, e não se achava nele nenhum erro nem culpa.” (ARA)

Uma das características de Daniel é a fidelidade. A sua fidelidade a Deus expô-lo a várias perseguições como vemos nestes versos (Dn 6.1) os inimigos de Daniel viram que uma das maneiras de derrotar a Daniel era usar a sua fidelidade a Deus, pois ele era fiel. A palavra fiel usado neste texto é “amam” que no hebraico significa: “(1) Fiel (2) permanecer firme”.

Uma das maneiras de acabar com Daniel era incitá-lo a ser fiel a Deus e desobedecer a um decreto do Rei. Por isso fizeram que o rei fizesse um decreto real que ninguém poderia orar a qualquer Deus somente pedir para o rei, pois sabiam que Daniel não obedeceria ao dito real, pois ele era fiel a Deus (Dn 6.5-11) mesmo que isto custaria a sua vida, não podemos esquecer que seguir a Deus é ter uma vida de renuncias, Jesus disse que “Quem acha a sua vida perdê-la-á; quem, todavia, perde a vida por minha causa achá-la-á.” (Mt 10.39 (ARA). Abaixo segue alguns exemplos de decisões que podemos tomar no dia a dia que devemos escolher.

1. Se o patrão pedir para mentir no emprego, eu minto para continuar no empregou, ou eu perco o meu emprego sendo fiel a Deus?

2. Vivo uma vida dupla (ir para a balada) para agradar os “amigos” do mundo ou prefiro dizer não para os meus “amigos” mundanos perdendo a amizade para agradar a Deus (Tg 4.4-7)

3. Colo numa prova para passar na matéria ou prefiro perder o ano honrando a Deus não colando na prova.

4. Cedo a pedidos de meu namorado(a) e tenho “intimidades” antes do casamento agradá-lo(a) antes do casamento ou me guardo mesmo que este relacionamento se acabe por ter uma vida santa e fiel a Deus.

Conclusão

1. Daniel era um exemplo de fidelidade a Deus

2. Ele amava mais a Deus do que a sua própria vida (Mt 10.39)

3. As suas escolhas sempre visavam honrar a Deus, mesmo que fosse condenado à morte.

4. Aqueles que são fiéis a Deus têm uma herança eterna. E aqueles que são fiéis ao mundo, ao diabo e a carne receberão o castigo eterno.

5. Qual é a sua escolha?



[1] Almeida Revista e Atualizada

domingo, 20 de novembro de 2011

Um Coração Guardado Parte II

Um Coração Guardado Parte II

Pv 4.23

Pv 4.23 ðSobre tudo o que se deve guardar, guarda o coração, porque dele procedem as fontes da vida.

Introdução

Vimos no estudo passado que o livro de provérbios é conhecido como um livro sapiencial isto é um livro “que contém sabedoria”. (Pv 1.1-6). Também vimos que também devemos guardar o nosso coração contra as armadilhas que nos sobre vem no dia a dia de nossa existência. Por isso temos que guardar o nosso coração da corrupção e da ansiedade. Hoje iremos ver mais alguns perigos que rondam o nosso coração.

Hoje iremos ver os perigos que rondam os nossos corações.

I. Um Coração Guardado da Amargura

Um perigo que atinge muito o coração é a raiz de amargura. Ela é comparada como um câncer que corrói o coração. Pessoa amargurada não tem vida só enxerga a tristeza, dor, e morte. Em Hebreus o autor diz: “cuidado para que ninguém se abstenha da graça de Deus. que nenhuma raiz de amargura, brotando, vos perturbe e muitos sejam contaminados por meio dela.” (Hb 12.15 A.XXI)[1]. O dicionário de Almeida define amargura como: “(1)Tristeza, sofrimento, mágoa; amargor: (2) Sofrimento arraigado de dor e ressentimento”. A palavra grega usada no texto de hebreus para amargura foi pikria que o dicionário grego define como: ”(1) tristeza amarga devido a uma extrema maldade (2) raiz amarga, e que produz um fruto amargo”.

Uma das características da amargura é o ressentimento. O ressentimento é sentir a dor novamente com a mesma intensidade quando fomos feridos. E toda vez que deixamos este sentimento brotar no coração damos entrada para que o ódio tome conta de nosso ser. Pessoas com o coração amargurado pode desenvolver doenças psicossomáticas, isto é doenças que tem origem na alma e que afeta o corpo. Segundo pesquisas recentes pessoas com raiz de amargura têm probabilidade altíssima de desenvolver câncer. A amargura é um veneno letal para a pessoa amargurada.

Um coração amargurado pode seguir dois caminhos, ambos, prejudiciais ao ser humano: que são:

(1) Ficar paralisado ð lamentando e sem vontade de viver (depressão).

(2) Soltar espinhos ð pessoas amarguradas começam agredir pessoas com palavras, como uma autodefesa. Ou até mesmo perseguir as pessoas como no caso de Saul que devido uma canção exaltando a Davi e por isso perseguiu-o com ódio mortal. (I Sm 18)

Nestes dois casos o resultado é o afastamento das pessoas de nosso convívio e com isso cada vez mais vai brotando a raiz de amargura. A raiz de amargura pode contaminar outras pessoas e até mesmo afastá-las da graça de Deus. Pessoa com ódio devido à amargura usa a língua para ferir ou falar mal da pessoa quem a feriu, matando as pessoas dentro do coração do seu próximo, aí a igreja é contaminada devido à raiz de amargura. É o que Tiago fala sobre a língua que pode trazer confusão dentro da igreja (Tg 3).

O que devo fazer para que não brote a raiz de amargura?

1. Procure a pessoa que te feriu ou fez algo que não gostou, e fale com ela mostrando o que ela fez sem ficar irado. (Mt 18.15)

2. Confesse a Deus este sentimento. I Jo 1.9

3. Perdoe aquele que te ofendeu, pois quem não perdoa é atormentado, como na parábola do credor incompassivo (Mt 18.23-35)

4. Desvie o pensamento mal (Fp 4.8)

5. Repita este processo toda vez que sentir qualquer indicio de raiz de amargura.

II. Um Coração Guardado do Falso Julgamento.

Outro perigo que pode ocorrer dentro do coração é o falso julgamento. Pois o coração do homem é enganoso. Jesus nos ensinou “Não julgueis, para que não sejais julgados, Pois, com o critério com que julgardes, sereis julgados; e, com a medida com que tiverdes medido, vos medirão também. Por que vês tu o argueiro no olho de teu irmão, porém não reparas na trave que está no teu próprio? Ou como dirás a teu irmão: Deixa-me tirar o argueiro do teu olho, quando tens a trave no teu? Hipócrita! Tira primeiro a trave do teu olho e, então, verás claramente para tirar o argueiro do olho de teu irmão.”. Temos que tomar cuidado por julgar uma pessoa, pois que julga deve ser perfeito. Jesus esta falando neste texto sobre julgar os defeitos de uma pessoa. Muitos interpretam que não devemos julgar um pecador (isto é disciplinar o pecador), mas o contexto é o defeito.

Muitas vezes procuramos defeitos na vida dos outros para esconder os nossos erros. Isto se torna um pecado. Tem pessoas que para derrubar alguém que esta em destaque usa a arma do falso testemunho como no caso da vinhas de Nabote em que Jezabel comprou falsos testemunhos para acusar Nabote a pena de morte e dar as vinhas para o seu marido o rei Acabe, trazendo a condenação sobre sua vida (I Rs 21.1-19). O falso testemunho levantado contraria a lei de Deus (Ex 20.16). E aquele que ouve um falso testemunho e sai espalhando esta pecando usando a língua para falar engano e Deus condena esta prática e o aborrece (Pv 6.16-19). Por isso devemos saber a verdade antes de emitirmos algum juízo, pois poderemos cair no erro de um falso julgamento.

Conclusão

1. O coração que possui raiz de amargura é um coração doente que precisa ser curado.

2. O falso julgamento deve ser banido na vida do cristão, pois ele poderá correr o risco de ser enganado e proferir falso testemunho, que é uma abominação ao Senhor

3. Devemos guardar o nosso coração, pois ele é a fonte de vida.



[1] Almeida do Século Vinte e Um. Edições Vida Nova

sábado, 12 de novembro de 2011

Um Coração Guardado Parte I

Pv 4.23

Pv 4.23 ðSobre tudo o que se deve guardar, guarda o coração, porque dele procedem as fontes da vida.

Introdução

O livro de provérbios é conhecido como um livro sapiencial isto é um livro “que contém sabedoria”. No começo do livro o Autor (Salomão) já explica o motivo para qual este livro foi escrito (Pv 1.1-6). No verso 4 diz “para dar aos simples prudência e aos jovens, conhecimento e bom siso (Juízo).” Deus quer dar sabedoria para que possamos ter uma vida vitoriosa em todas as áreas de nossa existência.

No estudo de hoje vamos analisar sobre guardar o nosso coração. O que a Bíblia quer dizer com guardar o coração? A palavra guardar neste texto é natsar que no hebraico quer dizer “(1) observar, guardar, cuidar (2) preservar, guardar de perigos (3) cuidar, observar, guardar com fidelidade (4) Vigiar”. E a palavra coração no hebraico usado neste texto é “leb” que quer dizer “(1) ser interior, mente, vontade, coração, inteligência (2) mente, conhecimento, razão, reflexão, memória (3) coração (do homem) (4) mente, conhecimento, razão, reflexão, memória (5) consciência (6) coração (referindo-se ao caráter moral) (7) como lugar dos desejos (8) como lugar das emoções e paixões”. Portanto neste texto o contexto é cuidar do nosso interior (emoções, vontade, mente). Se tivermos um coração sadio teremos vida, se tivermos um coração doente teremos morte. Por isso devemos guardar o coração; Jesus nos ensinou que do interior do homem que nasce o pecado (Mt 15.19 ðPorque do coração procedem maus desígnios, homicídios, adultérios, prostituição, furtos, falsos testemunhos, blasfêmias.”).

Hoje iremos ver os perigos que rondam os nossos corações.

I. Um Coração Guardado da Corrupção

O profeta Jeremias profetizou a respeito do coração humano que: Enganoso é o coração, mais do que todas as coisas, e desesperadamente corrupto; quem o conhecerá?”; O coração humano pode se enganar e pode se corromper a palavra para engano neste texto é “aqob” que significa “traiçoeiro, enganoso e astucioso”. Muitos caíram por seguirem os desejos do coração, levando-os a fornicação, adultérios, vícios, imoralidades e etc. Salomão no livro de Eclesiastes ele escreve um conselho para os jovens dizendo “Alegra-te, jovem, na tua juventude, e recreie-se o teu coração nos dias da tua mocidade; anda pelos caminhos que satisfazem ao teu coração e agradam aos teus olhos; sabe, porém, que de todas estas coisas Deus te pedirá contas.”; neste verso Salomão esta alertando os jovens para que eles não andem pelo caminho que este percorreu seguindo os desejos do coração pois o Senhor trouxe juízo como conseqüências de seu pecado. O livro de Eclesiastes foi escrito quando Salomão já era velho e experientes tanto nas coisas negativas como positivas. Portanto devemos vigiar o nosso coração, alimentando e obedecendo a palavra de Deus como disse Davi: “Guardo no coração as tuas palavras, para não pecar contra ti.” (Sl 119.11). A palavra de Deus tem todas as orientações vindas de Deus para que vençamos o pecado e as tentações.

II. Um Coração Guardado da Ansiedade

O coração ansioso leva o homem ao desespero e tomar atalhos que podem ser prejudiciais. Como na vida de Sara e Abraão que tinha uma promessa de Deus que eles teriam um filho, e com a demora do cumprimento da promessa a ansiedade tomou conta do coração de Sara levando-a a dar uma “ajudinha para Deus” fazendo com que Abraão tomasse a sua concubina (Hagar) para que este tivesse um filho com ela. Neste relacionamento nasce Ismael (Gn 16) que se tornou uma maldição para eles e do seu filho legitimo (Isaque) que nascera depois conforme a promessa de Deus. Desta atitude surgiu um conflito que dura até hoje entre israelenses (Descendentes de Isaque) e Palestinos (descendentes de Ismael). Como diz o livro de Provérbios “A ansiedade no coração do homem o abate, mas a boa palavra o alegra.” (Pv 12.25) a ansiedade abate o coração do homem mas a boa palavra traz alegria para o nosso coração, portanto somente a palavra de Deus produz alegria e nos afasta de ansiedade. Jesus nos ensinou a não andar ansioso, pois o nosso Deus cuida de nossas necessidades diárias (Mt 6.25-32). O apostolo Paulo nos aconselha que quando a ansiedade abater o nosso coração, devemos colocar tudo aquilo que está nos preocupando nas mãos de Deus através da oração (Fp 4.6).

Conclusão

1. O coração é uma fonte de vida ou morte

2. O coração deve ser guardado para que tenhamos vida;

3. Devemos guardar o nosso coração da corrupção e da ansiedade.

4. No próximo estudo iremos ver mais perigos, que rondam os nossos corações.