domingo, 27 de novembro de 2011

Daniel: Um servo fiel

Ez 14.14,16,18

Texto Base ð ainda que estivessem no meio dela estes três homens, Noé, Daniel e Jó, eles, pela sua justiça, salvariam apenas a sua própria vida, diz o SENHOR Deus. [...] tão certo como eu vivo, diz o SENHOR Deus, ainda que esses três homens estivessem no meio dela, não salvariam nem a seus filhos nem a suas filhas; só eles seriam salvos, e a terra seria assolada. [...] tão certo como eu vivo, diz o SENHOR Deus, ainda que esses três homens estivessem no meio dela, não salvariam nem a seus filhos nem a suas filhas; só eles seriam salvos.” (Ez 14.14.16,18 – ARA[1])

Introdução:

O profeta Ezequiel neste trecho de advertência para o povo de Judá, pois Ezequiel profetiza entre os judeus exilados na Babilônia, mas também os últimos dias do declínio e queda de Judá. Seu ministério é em alguns aspectos semelhante ao de seu mais velho contemporâneo, Jeremias. Mas enquanto Jeremias pronuncia em Jerusalém uma deprimente mensagem de destruição, Ezequiel apresenta na Babilônia uma ardente uma ardente mensagem de reconstrução. O livro de Ezequiel é dividido em três fases proféticas e acontecimentos na vida de Judá vejam:

(1) Antes do cerco de Judá por Nabucodonosor (592-587 a.C) – Cap. 1 - 24.

(2) Durante o Cerco de Judá pela Babilônia sob o comando de Nabucodonosor (586 a.C) – Cap. 25 - 32.

(3) Depois do Cerco – a restauração de Judá e Israel – Cap. 33 - 48.

A mensagem de Ezequiel cita três personagens sendo que dois mortos (Noé e Jó) e um vivo neste período (Daniel). Hoje iremos ver porque Deus cita o nome de Daniel como exemplo de um servo de Deus.

Quem Foi Daniel?

O nome Daniel significa “Deus é meu Juiz”, dos quatro profetas maiores, embora ele nunca seja mencionado como profeta no Velho Testamento. A sua vida e profecias estão registradas no Livro de Daniel. Era descendente de uma das famílias nobres de Judá (Dn 1.3) e nasceu provavelmente em Jerusalém em 623 a. C., durante o reinado de Josias. Em Ezequiel diz que aqueles que fossem iguais a Daniel seriam salvos. Daniel foi levado para o cativeiro, não como escravo e sim como nobre, e fez parte da nobreza babilônica e foi governador (Sátrapas) de uma província da Babilônia.

Uma das qualidades da vida de Daniel é: .

I. Ele era fiel. (Dn 6.4) ðEntão, os presidentes e os sátrapas procuravam ocasião para acusar a Daniel a respeito do reino; mas não puderam achá-la, nem culpa alguma; porque ele era fiel, e não se achava nele nenhum erro nem culpa.” (ARA)

Uma das características de Daniel é a fidelidade. A sua fidelidade a Deus expô-lo a várias perseguições como vemos nestes versos (Dn 6.1) os inimigos de Daniel viram que uma das maneiras de derrotar a Daniel era usar a sua fidelidade a Deus, pois ele era fiel. A palavra fiel usado neste texto é “amam” que no hebraico significa: “(1) Fiel (2) permanecer firme”.

Uma das maneiras de acabar com Daniel era incitá-lo a ser fiel a Deus e desobedecer a um decreto do Rei. Por isso fizeram que o rei fizesse um decreto real que ninguém poderia orar a qualquer Deus somente pedir para o rei, pois sabiam que Daniel não obedeceria ao dito real, pois ele era fiel a Deus (Dn 6.5-11) mesmo que isto custaria a sua vida, não podemos esquecer que seguir a Deus é ter uma vida de renuncias, Jesus disse que “Quem acha a sua vida perdê-la-á; quem, todavia, perde a vida por minha causa achá-la-á.” (Mt 10.39 (ARA). Abaixo segue alguns exemplos de decisões que podemos tomar no dia a dia que devemos escolher.

1. Se o patrão pedir para mentir no emprego, eu minto para continuar no empregou, ou eu perco o meu emprego sendo fiel a Deus?

2. Vivo uma vida dupla (ir para a balada) para agradar os “amigos” do mundo ou prefiro dizer não para os meus “amigos” mundanos perdendo a amizade para agradar a Deus (Tg 4.4-7)

3. Colo numa prova para passar na matéria ou prefiro perder o ano honrando a Deus não colando na prova.

4. Cedo a pedidos de meu namorado(a) e tenho “intimidades” antes do casamento agradá-lo(a) antes do casamento ou me guardo mesmo que este relacionamento se acabe por ter uma vida santa e fiel a Deus.

Conclusão

1. Daniel era um exemplo de fidelidade a Deus

2. Ele amava mais a Deus do que a sua própria vida (Mt 10.39)

3. As suas escolhas sempre visavam honrar a Deus, mesmo que fosse condenado à morte.

4. Aqueles que são fiéis a Deus têm uma herança eterna. E aqueles que são fiéis ao mundo, ao diabo e a carne receberão o castigo eterno.

5. Qual é a sua escolha?



[1] Almeida Revista e Atualizada

domingo, 20 de novembro de 2011

Um Coração Guardado Parte II

Um Coração Guardado Parte II

Pv 4.23

Pv 4.23 ðSobre tudo o que se deve guardar, guarda o coração, porque dele procedem as fontes da vida.

Introdução

Vimos no estudo passado que o livro de provérbios é conhecido como um livro sapiencial isto é um livro “que contém sabedoria”. (Pv 1.1-6). Também vimos que também devemos guardar o nosso coração contra as armadilhas que nos sobre vem no dia a dia de nossa existência. Por isso temos que guardar o nosso coração da corrupção e da ansiedade. Hoje iremos ver mais alguns perigos que rondam o nosso coração.

Hoje iremos ver os perigos que rondam os nossos corações.

I. Um Coração Guardado da Amargura

Um perigo que atinge muito o coração é a raiz de amargura. Ela é comparada como um câncer que corrói o coração. Pessoa amargurada não tem vida só enxerga a tristeza, dor, e morte. Em Hebreus o autor diz: “cuidado para que ninguém se abstenha da graça de Deus. que nenhuma raiz de amargura, brotando, vos perturbe e muitos sejam contaminados por meio dela.” (Hb 12.15 A.XXI)[1]. O dicionário de Almeida define amargura como: “(1)Tristeza, sofrimento, mágoa; amargor: (2) Sofrimento arraigado de dor e ressentimento”. A palavra grega usada no texto de hebreus para amargura foi pikria que o dicionário grego define como: ”(1) tristeza amarga devido a uma extrema maldade (2) raiz amarga, e que produz um fruto amargo”.

Uma das características da amargura é o ressentimento. O ressentimento é sentir a dor novamente com a mesma intensidade quando fomos feridos. E toda vez que deixamos este sentimento brotar no coração damos entrada para que o ódio tome conta de nosso ser. Pessoas com o coração amargurado pode desenvolver doenças psicossomáticas, isto é doenças que tem origem na alma e que afeta o corpo. Segundo pesquisas recentes pessoas com raiz de amargura têm probabilidade altíssima de desenvolver câncer. A amargura é um veneno letal para a pessoa amargurada.

Um coração amargurado pode seguir dois caminhos, ambos, prejudiciais ao ser humano: que são:

(1) Ficar paralisado ð lamentando e sem vontade de viver (depressão).

(2) Soltar espinhos ð pessoas amarguradas começam agredir pessoas com palavras, como uma autodefesa. Ou até mesmo perseguir as pessoas como no caso de Saul que devido uma canção exaltando a Davi e por isso perseguiu-o com ódio mortal. (I Sm 18)

Nestes dois casos o resultado é o afastamento das pessoas de nosso convívio e com isso cada vez mais vai brotando a raiz de amargura. A raiz de amargura pode contaminar outras pessoas e até mesmo afastá-las da graça de Deus. Pessoa com ódio devido à amargura usa a língua para ferir ou falar mal da pessoa quem a feriu, matando as pessoas dentro do coração do seu próximo, aí a igreja é contaminada devido à raiz de amargura. É o que Tiago fala sobre a língua que pode trazer confusão dentro da igreja (Tg 3).

O que devo fazer para que não brote a raiz de amargura?

1. Procure a pessoa que te feriu ou fez algo que não gostou, e fale com ela mostrando o que ela fez sem ficar irado. (Mt 18.15)

2. Confesse a Deus este sentimento. I Jo 1.9

3. Perdoe aquele que te ofendeu, pois quem não perdoa é atormentado, como na parábola do credor incompassivo (Mt 18.23-35)

4. Desvie o pensamento mal (Fp 4.8)

5. Repita este processo toda vez que sentir qualquer indicio de raiz de amargura.

II. Um Coração Guardado do Falso Julgamento.

Outro perigo que pode ocorrer dentro do coração é o falso julgamento. Pois o coração do homem é enganoso. Jesus nos ensinou “Não julgueis, para que não sejais julgados, Pois, com o critério com que julgardes, sereis julgados; e, com a medida com que tiverdes medido, vos medirão também. Por que vês tu o argueiro no olho de teu irmão, porém não reparas na trave que está no teu próprio? Ou como dirás a teu irmão: Deixa-me tirar o argueiro do teu olho, quando tens a trave no teu? Hipócrita! Tira primeiro a trave do teu olho e, então, verás claramente para tirar o argueiro do olho de teu irmão.”. Temos que tomar cuidado por julgar uma pessoa, pois que julga deve ser perfeito. Jesus esta falando neste texto sobre julgar os defeitos de uma pessoa. Muitos interpretam que não devemos julgar um pecador (isto é disciplinar o pecador), mas o contexto é o defeito.

Muitas vezes procuramos defeitos na vida dos outros para esconder os nossos erros. Isto se torna um pecado. Tem pessoas que para derrubar alguém que esta em destaque usa a arma do falso testemunho como no caso da vinhas de Nabote em que Jezabel comprou falsos testemunhos para acusar Nabote a pena de morte e dar as vinhas para o seu marido o rei Acabe, trazendo a condenação sobre sua vida (I Rs 21.1-19). O falso testemunho levantado contraria a lei de Deus (Ex 20.16). E aquele que ouve um falso testemunho e sai espalhando esta pecando usando a língua para falar engano e Deus condena esta prática e o aborrece (Pv 6.16-19). Por isso devemos saber a verdade antes de emitirmos algum juízo, pois poderemos cair no erro de um falso julgamento.

Conclusão

1. O coração que possui raiz de amargura é um coração doente que precisa ser curado.

2. O falso julgamento deve ser banido na vida do cristão, pois ele poderá correr o risco de ser enganado e proferir falso testemunho, que é uma abominação ao Senhor

3. Devemos guardar o nosso coração, pois ele é a fonte de vida.



[1] Almeida do Século Vinte e Um. Edições Vida Nova

sábado, 12 de novembro de 2011

Um Coração Guardado Parte I

Pv 4.23

Pv 4.23 ðSobre tudo o que se deve guardar, guarda o coração, porque dele procedem as fontes da vida.

Introdução

O livro de provérbios é conhecido como um livro sapiencial isto é um livro “que contém sabedoria”. No começo do livro o Autor (Salomão) já explica o motivo para qual este livro foi escrito (Pv 1.1-6). No verso 4 diz “para dar aos simples prudência e aos jovens, conhecimento e bom siso (Juízo).” Deus quer dar sabedoria para que possamos ter uma vida vitoriosa em todas as áreas de nossa existência.

No estudo de hoje vamos analisar sobre guardar o nosso coração. O que a Bíblia quer dizer com guardar o coração? A palavra guardar neste texto é natsar que no hebraico quer dizer “(1) observar, guardar, cuidar (2) preservar, guardar de perigos (3) cuidar, observar, guardar com fidelidade (4) Vigiar”. E a palavra coração no hebraico usado neste texto é “leb” que quer dizer “(1) ser interior, mente, vontade, coração, inteligência (2) mente, conhecimento, razão, reflexão, memória (3) coração (do homem) (4) mente, conhecimento, razão, reflexão, memória (5) consciência (6) coração (referindo-se ao caráter moral) (7) como lugar dos desejos (8) como lugar das emoções e paixões”. Portanto neste texto o contexto é cuidar do nosso interior (emoções, vontade, mente). Se tivermos um coração sadio teremos vida, se tivermos um coração doente teremos morte. Por isso devemos guardar o coração; Jesus nos ensinou que do interior do homem que nasce o pecado (Mt 15.19 ðPorque do coração procedem maus desígnios, homicídios, adultérios, prostituição, furtos, falsos testemunhos, blasfêmias.”).

Hoje iremos ver os perigos que rondam os nossos corações.

I. Um Coração Guardado da Corrupção

O profeta Jeremias profetizou a respeito do coração humano que: Enganoso é o coração, mais do que todas as coisas, e desesperadamente corrupto; quem o conhecerá?”; O coração humano pode se enganar e pode se corromper a palavra para engano neste texto é “aqob” que significa “traiçoeiro, enganoso e astucioso”. Muitos caíram por seguirem os desejos do coração, levando-os a fornicação, adultérios, vícios, imoralidades e etc. Salomão no livro de Eclesiastes ele escreve um conselho para os jovens dizendo “Alegra-te, jovem, na tua juventude, e recreie-se o teu coração nos dias da tua mocidade; anda pelos caminhos que satisfazem ao teu coração e agradam aos teus olhos; sabe, porém, que de todas estas coisas Deus te pedirá contas.”; neste verso Salomão esta alertando os jovens para que eles não andem pelo caminho que este percorreu seguindo os desejos do coração pois o Senhor trouxe juízo como conseqüências de seu pecado. O livro de Eclesiastes foi escrito quando Salomão já era velho e experientes tanto nas coisas negativas como positivas. Portanto devemos vigiar o nosso coração, alimentando e obedecendo a palavra de Deus como disse Davi: “Guardo no coração as tuas palavras, para não pecar contra ti.” (Sl 119.11). A palavra de Deus tem todas as orientações vindas de Deus para que vençamos o pecado e as tentações.

II. Um Coração Guardado da Ansiedade

O coração ansioso leva o homem ao desespero e tomar atalhos que podem ser prejudiciais. Como na vida de Sara e Abraão que tinha uma promessa de Deus que eles teriam um filho, e com a demora do cumprimento da promessa a ansiedade tomou conta do coração de Sara levando-a a dar uma “ajudinha para Deus” fazendo com que Abraão tomasse a sua concubina (Hagar) para que este tivesse um filho com ela. Neste relacionamento nasce Ismael (Gn 16) que se tornou uma maldição para eles e do seu filho legitimo (Isaque) que nascera depois conforme a promessa de Deus. Desta atitude surgiu um conflito que dura até hoje entre israelenses (Descendentes de Isaque) e Palestinos (descendentes de Ismael). Como diz o livro de Provérbios “A ansiedade no coração do homem o abate, mas a boa palavra o alegra.” (Pv 12.25) a ansiedade abate o coração do homem mas a boa palavra traz alegria para o nosso coração, portanto somente a palavra de Deus produz alegria e nos afasta de ansiedade. Jesus nos ensinou a não andar ansioso, pois o nosso Deus cuida de nossas necessidades diárias (Mt 6.25-32). O apostolo Paulo nos aconselha que quando a ansiedade abater o nosso coração, devemos colocar tudo aquilo que está nos preocupando nas mãos de Deus através da oração (Fp 4.6).

Conclusão

1. O coração é uma fonte de vida ou morte

2. O coração deve ser guardado para que tenhamos vida;

3. Devemos guardar o nosso coração da corrupção e da ansiedade.

4. No próximo estudo iremos ver mais perigos, que rondam os nossos corações.

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

O QUE É SER CRISTÃO PARTE 1

At 11.25-26

At 11.25-26 ðE partiu Barnabé para Tarso à procura de Saulo; tendo-o encontrado, levou-o para Antioquia. E, por todo um ano, se reuniram naquela igreja e ensinaram numerosa multidão. Em Antioquia, foram os discípulos, pela primeira vez, chamados cristãos.

Introdução

Em Antioquia na qual os crentes são chamados pela primeira vez como cristão. Porque os crentes foram chamados de Cristãos? O que esse título significava para os crentes? A palavra cristão no grego significa “pequenos Cristos”, “Parecidos com Cristo”ou “Pessoas de Cristo”, pois a vida dos primeiros cristãos se assemelhavam com as atitudes que Cristo tinha perante a sociedade. Portanto este título nos traz responsabilidades dentro da igreja e fora da igreja. Pense nisso? Esse título foi dado por pessoas fora da igreja, pois eles estavam de olho na igreja, estavam vendo aquilo que eles pregavam em suas atitudes e viram a semelhança com que viviam com o fundador da igreja. Hoje todos dizem que é cristão tanto católico como evangélicos, mas será que realmente é um cristão de acordo com aquilo que a Bíblia nos ensina?

Dentro das Escrituras vemos outros termos que caracterizam um cristão. E estes termos nos traz responsabilidades.

I. O Cristão Como Morada De Deus.

Em I Co 6.19-20 Paulo escreve mostrando o peso de sermos o templo ou santuário do Espírito Santo dizendo “Acaso, não sabeis que o vosso corpo é santuário do Espírito Santo, que está em vós, o qual tendes da parte de Deus, e que não sois de vós mesmos? Porque fostes comprados por preço. Agora, pois, glorificai a Deus no vosso corpo.” A palavra santuário neste texto usado por Paulo foi “Naos” designando o Santo dos Santos do templo de Jerusalém a onde somente o Sumo-sacerdote poderia entrar para oferecer sacrifício, era no Santo dos Santos onde a glória de Deus se manifestava no Antigo Testamento. Agora o Santo dos Santos a onde o Espírito Santo habita que é o corpo do cristão. No verso 20 o Apóstolo Paulo escreve: “[...] glorificai a Deus no vosso corpo” , isto nos dá a idéia de uma santificação completa, que é santificar o nosso corpo, alma e espírito (I Ts 5.23).

1. O que estamos fazendo com o nosso corpo? Onde estamos pisando com o nosso corpo? O que estamos olhando? Pois os olhos faz parte do nosso corpo. O que estamos falando?Pois a língua faz parte do corpo. O que estamos ouvindo? Pois o ouvido faz parte do corpo. Não se esqueça o Espírito habita naqueles que realmente aceitou a Cristo. Portanto glorificai a Cristo no vosso corpo.

2. O que estamos fazendo com a nossa alma? O que estamos pensando? Coisas que edificam ou coisas que nos derrubam que nos levam ao pecado. Pois o pecado começa na mente e se alimentarmos dará a luz ao pecado e depois disto a morte (Tg 1.13-15; Fp 4.8-9).Não se esqueça, somos templo do Espírito, Portanto glorificai a Cristo na vossa alma (Intelecto, mente, vontade e emoções).

3. O que estamos fazendo com o nosso espírito? O espírito humano é responsável pela nossa comunhão com Deus. E como está a sua comunhão com Deus? Como está a sua vida de oração? Como está a sua vida de devocional (ler a Bíblia)? Pois a oração e a leitura da palavra alimentam o nosso espírito e nos fortalece contra o pecado. Não se esqueça, somos templo do Espírito e, portanto glorificai a Cristo o vosso espírito, e não apagueis a atuação do Espírito Santo (I Ts 5.19).

II. O Cristão Como Perfume De Cristo

Em II Coríntios 2.14-16 o apóstolo nos ensina que: “Graças, porém, a Deus, que, em Cristo, sempre nos conduz em triunfo e, por meio de nós, manifesta em todo lugar a fragrância do seu conhecimento. Porque nós somos para com Deus o bom perfume de Cristo, tanto nos que são salvos como nos que se perdem. ara com estes, cheiro de morte para morte; para com aqueles, aroma de vida para vida. Quem, porém, é suficiente para estas coisas?”. Neste texto Paulo nos compara a um perfume, se estamos unidos com Cristo exalaremos a fragrância de Cristo que é vida e se viemos uma vida de cristão sem compromisso com Deus exalaremos mau cheiro para as pessoas de fora da igreja. O apóstolo cita o termo “cheiro de morte” isto é pessoas olham o nosso proceder e vê morte e não a vida, pois estamos exalando o cheiro da morte, pois o pecado cheira a morte e levamos a morte aos que nos rodeiam lá fora.

O que estamos exalando? A morte ou a vida? Podemos mudar a essência do perfume, se a nossa essência é o pecado podemos trocar a essência do mau cheiro pela essência do bom cheiro que é a vida em Cristo. E com isto poderemos exalar o bom perfume de Cristo. Pois Ele nos conduz em triunfo se fazermos a nossa escolha de seguir a Cristo. Portanto tomai posso da essência de Cristo para exalar a vida, pois Jesus “é a verdade e a vida” (Jo 14.6).

Conclusão

1) Ser Cristão não é apenas pertencer a uma religião, mas sim vivenciar Cristo no dia a dia.

2) Como o templo do Espírito, temos que cuidar de nosso ser, que abrange todo o nosso Corpo, Alma e Espírito. Para que possamos glorificar a Deus em nossa vida.

3) Como perfume de Cristo, somos responsáveis pelo bom testemunho perante os de fora.

DESFRUTANDO DO AMOR ÁGAPE PARTE 2

I Coríntios 13

No estudo passado vimos as quatro palavras para amor em grego e as suas diferenças, e analisamos as qualidades do amor ágape (o amor de Deus). Hoje iremos ver mais qualidades do amor ágape focado principalmente no verso 7 que diz: “tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.

I. É um amor que tudo sofre I Co 13.7

Uma das características do amor ágape é o sofrimento. Pois Paulo disse no verso 7: “Que tudo sofre”. O apóstolo usa a palavra “hupomeno” para sofrer, o dicionário grego define esta palavra como: “1)ficar, i.e., permanecer, não retirar-se ou fugir 2) preservar: sob desgraças e provações, manter-se firme na fé em Cristo 3) sofrer, agüentar bravamente e calmamente os mal tratos”. Com isto podemos entender que tipo de sofrimento é pertencente ao amor ágape. Este sofrer é referente a Deus e ao próximo. Em relação a Deus é amá-lo e permanecer firme mesmo nas lutas e nunca abandoná-lo. Vou me deter mais em relação ao próximo. Vejamos

O sofrer pelo próximo significar não abandonar uma vida que está sofrendo, é estar junto com ela no sofrimento, é preservar junto com que sofre nas desgraças e provações. O sofrer do amor ágape também é sentir as dores de uma vida que está condenada a ir para o inferno e com isto nos motiva a orar por essas vidas e falar do amor de Cristo por Elas. Este amor também sofre quando uma pessoa é imatura nos caminhos do Senhor; Paulo exprimiu bem este sentimento, usando a expressão: “[...] sofro as dores de parto, até ser Cristo formado em vós;” (Gl 4.19). Neste texto Paulo faz uma alusão a uma mãe que sofre ao gerar um filho, mas neste caso ele esta sofrendo por um cristão que é imaturo na fé e que Cristo precisa ser gerado neste irmão. Neste contexto Paulo está dizendo que ele esta sofrendo, mas que não iria abandonar como uma mãe que nunca abandona ao filho. Quando amamos com o amor ágape sofremos para gerar filhos no Senhor até que cheguem a maturidade.

II. É um amor que tudo suporta I Co 13.7

Paulo diz neste verso que o amor “tudo suporta”,o apóstolo Paulo usa a palavra stego para suportar, que no grego esta palavra significa “coberta, telhado, para cobrir proteger ou abrigar, preservar, suportar ”, isto significa que o crente mais experiente na fé cristão e que possui o amor ágape deve ser um suporte na vida daqueles que são novos no caminho e devemos entender que este suporte se estende a todos os cristão e ate mesmo as pessoas que não são cristãs.

Devemos ajudar as pessoas através das orações, de ensinar, encorajar os desanimado e etc.; isto que é suportar. É uma atitude de proteger os fracos e não se vingar daqueles que nos faz o mal. Vejamos o que a palavra de Deus diz sobre isto:

1. Devemos suportar os fracos na fé Rm 14.1-10

2. Devemos suportar as pessoas Ef 4.2

3. Devemos suportar os que nos ofendem, perdoando-os (Cl 3.13; Mt 5.38-39)

4. Devemos suportar os nossos inimigos fazendo o bem (Rm 12.17-21 )

Conclusão

1. O amor ágape é o amor que perdoa e restaura

2. Quem ama com o amor ágape cumpre a lei de Cristo Rm 13.8-10

3. Todos os cristãos deve amar com o amor ágape, pois este amor não é um sentimento e sim uma atitude.

4. Se não possuímos estas qualidades devemos buscar, pois esta é a vontade de Deus para todos os cristãos

terça-feira, 14 de junho de 2011

DESFRUTANDO DO AMOR ÁGAPE PARTE 1

I Coríntios 13

Introdução

O que é o amor ágape? Para compreendermos o amor ágape é preciso entender os quatro tipos de amores que existe em grego, pois eles conseguiram separar quatro tipos de amores. Vejamos os quatro tipos de amores existentes:

1. Amor Eros ðé o amor entre marido e mulher (Sexual). Este amor fora do casamento é pecaminoso. Este amor é baseado nos sentimentos.

2. Amor Filéo ð é o amor de amigo. É tido como traidor, pois é baseado nos sentimentos.

3. Amor Storgeos ð é o amor de família. É baseado nos laços sanguíneos.

4. Amor Ágape ð é o amor sacrificial – É o amor de Deus. ðÉ baseado na atitude e não no sentimento. É o mais alto grau de amor. É este o amor que devemos amar o próximo como Jesus nos ordenou a fazer (Mt 22.36-40)

O amor dentro do cristianismo é o amor ágape pois este é o amor de Deus. Em Jo 3.16 diz que “Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna”; já em I Jo 3.16 há um trocadilho, que diz: Nisto conhecemos o amor: que Cristo deu a sua vida por nós; e devemos dar nossa vida pelos irmãos”, este é o amor ágape Jesus doou a sua vida por nós e agora somos nós que devemos doar as nossas vidas em beneficio de outras pessoas.

Quais são as qualidades do amor ágape?

I. O Amor Ágape é Paciente I Co 13.4

A palavra paciência usado neste texto é makrothumeo que o dicionário grego define como: “1) ser de um espírito paciencioso, que não perde o ânimo ) 1a) perseverar pacientemente e bravamente ao sofrer infortúnios e aborrecimentos 1b) ser paciente em suportar as ofensas e injúrias de outros 1b1) ser moderado e tardio em vingar-se 1b2) ser longânime, tardio para irar-se, tardio para punir ”. Devemos ser pacientes pois um dia o Senhor foi paciente conosco. Ele é o maio exemplo, pois suportou as ofença, a morte sem abandonar o seu plano de nos salvar, devemos ter a mesma paciência com os nossos amigos, familiares que ainda não se renderam ao Senhor e perdemos a paciência e desistimos e abandonamos, devemos seguir o exemplo de Jesus (I Pe 2.21).

Os apóstolos de Cristo na hora que Jesus necessitava deles, eles viraram as costas para Jesus. Pedro chegou a negar e os outros o abandonou. Qual foi a atitude de Jesus? Foi a paciência. A paciência de ajuntá-los novamente e fazê-los ganhadores de almas, estes apóstolos revolucionaram o mundo (At 17.6). Será que estamos exercendo a paciência por aqueles que nos ferem ? Ou por aqueles que nos afrontam? Somente o amor ágape pode exercer a paciência. E o amor ágape não é um sentimento e sim uma atitude e um mandamento de nosso Senhor.

II. O Amor Ágape é Altruísta

O que é altruísta? O dicionário Aurélio digital define o altruísta como: “Que pratica o altruísmo”, e o altruísmo é: “1Desprendimento, abnegação 2 Amor ao próximo; filantropia 3)Na ética é a doutrina que considera como fim da conduta humana o interesse do próximo, e que se resume nos imperativos: "Viva para outrem"; "Ama o próximo mais do que a ti mesmo". O altruísmo é o amor que não busca os seus interesses (I Co 13.5) mas sim do próximo é o amor que faz o bem sem querer nada em troca, é o amor que Jesus nos ensinou em Lc 6.27-36. Este é o amor do bom samaritano que ajudou o viajante ferido e que não tinha nada para oferecer (Lc 10.25-37).

Conclusão

1.Este é o amor que não vê classe social, raça cor ou qualquer outro tipo de discriminação. Este é o amor de Cristo e deve ser o nosso também

2. Este amor (ágape) é uma atitude que devemos obedecer e não um sentimento.

3. Nos próximos estudos vamos analisar as características deste amor que ultrapassa qualquer outro tipo de amor.

Cristianismo versus Agnosticismo

Uma ilustração digna de nota concerne à vida do Dr. Harry A. Ironside. No inicio de seu ministério, o grande evangelista e ministro do evangelho morava em San Francisco Bay e trabalhava com um grupo de cristãos chamado IRMÃOS. Certo domingo, quando caminhava pelas ruas da cidade, Harry se aproximou de um grupo de voluntários do EXÉRCITO DA SALVAÇÃO e fez uma reunião com eles na esquina das avenidas Market e Grant. É provável que houvesse sessenta pessoas. Quando reconheceram Ironside, imediatamente perguntaram se ele poderia dar o seu testemunho. Ele assim o fez, falando como DEUS o havia salvado pela fé na morte física e na ressurreição de JESUS.

Enquanto Ironside falava, ele observou que de um lado do grupo um homem bem vestido tinha tirado um cartão do bolso e escrito alguma coisa nele. Quando Ironside terminou seu discurso, aquele homem foi a frente, cumprimentou-o com o chapéu e, de modo muito educado, entregou-lhe o cartão. De um lado, estava seu nome, o qual Ironside imediatamente reconheceu. O homem era um dos primeiros socialistas que se tornaram conhecidos ministrando palestras não só a favor do socialismo, mas também contra o cristianismo. Quando o Dr. Harry virou o outro lado do cartão, leu o seguinte: “Senhor, eu o desafio a um debate comigo ‘agnosticismo versus cristianismo’ na sala da Academia de ciências, no próximo domingo à tarde, às 16 horas. Pagarei todas as despesas”.

Ironside releu o cartão em voz alta e respondeu algo como:

Estou muito interessado neste desafio... Portanto, terei prazer em participar desse debate sob as seguintes condições: para provar que o Sr.... Tem algo pelo qual vale a pena lutar e pelo qual vale a pena debater, ele prometerá levar consigo no próximo domingo duas pessoas cujas qualificações eu direi num instante, como prova de que o agnosticismo tem o poder de mudar vidas e construir um Carter integro.

Primeiro, o Sr.... tem de prometer levar consigo um homem que foi duramente anos o que comumente chamamos de ‘vagabundo’. Não serei detalhista sobre a exata natureza dos pecados que destruíram a vida dele e o tornaram um marginal da sociedade – se foi um beberrão, um bandido, ou uma vítima de seu apetite sexual. O importante que seja um homem que durante anos esteve sob o poder de vícios dos quais não conseguia livrar-se, mas que em determinado ocasião participou de uma das reuniões do Sr...., ouviu a glorificação do agnosticismo e suas denuncias da BÍBLIA e do CRISTIANISMO, e cujos coração e mente, enquanto ouvia tal chamado, ficaram tão afetado que ele saiu daquele encontro dizendo: ‘Daqui para frente eu também sou agnóstico!’.

Como resultado da absorção daquela filosofia especifica, descobriu que um novo poder havia sido introduzido em sua vida. Os pecados que um dia ele amou passaram a ser odiados, e justiça e bondade seriam agora seus ideais de vida. Ele agora seria um homem inteiramente novo, uma honra para ele mesmo e um bem para a sociedade – TUDO PORQUE SE TORNOU AGNÓSTICO!

Segundo, eu gostaria que o Sr.... prometesse levar consigo uma mulher – acho que ele terá mais dificuldade encontrar uma mulher do que o homem – que tenha sido uma pobre rejeitada, destruída e sem caráter, escrava de paixões vis, e vitima da vida corrompida de um homem...Talvez uma que tenha vivido durante anos num lugar ruim...Totalmente perdida, arruinada e destruída por causa da sua vida de pecado. Mas, essa mulher também entrou na sala onde o Sr.... estava proclamando em alta voz seu agnosticismo e ridicularizando a mensagem da SANTA ESCRITURA. Enquanto ouvia, a esperança brotou no coração dela, e ela disse: ‘Isso é exatamente o que eu preciso para me livrar da escravidão do pecado!’. Ela seguiu os ensinamentos e se tornou uma agnóstica.

Como resultado, todo o seu ser se rebelou contra a degradação da vida que ela estava vivendo. Ela abandonou o covil de iniqüidade onde ela tinha estado cativa por tanto tempo, e hoje conquistou seu lugar de volta a uma posição honrada na sociedade desfrutando de uma vida limpa, virtuosa e feliz – TUDO PORQUE SE TORNOU AGNÓSTICA!

Agora – disse Ironside, dirigindo-se ao cavalheiro que lhe tinha entregado o cartão e proposto o desafio –, se você prometer levar essas duas pessoas com você como exemplo do que o agnosticismo pode fazer, eu prometo encontrá-lo na sala de Ciência às 16 horas no próximo domingo, e levarei comigo pelo 100 homens e mulheres que durante anos viveram em tal degradação pecaminosa como tentei descrever, mas que foram gloriosamente salvos ao crer no evangelho que você ridiculariza. Terei esses homens e mulheres comigo no palanque como testemunhas do miraculoso poder de salvar de JESUS CRISTO, e como prova atual da veracidade da BÍBLIA.

O Dr. Ironside voltou-se para o capitão do Exército da Salvação, uma mulher e perguntou: “Capitão, você sabe de alguém que poderia ir comigo a essa reunião?”

Ele exclamou com entusiasmo: “Podemos enviar com você pelo menos 40 só deste grupo, além de um grupo de louvor para liderar a caminhada até lá”.

“Ótimo”, Dr. Ironside respondeu. “Bem, Sr...., não terei dificuldade em conseguir os outros 60 de várias missões, congregações e igrejas evangélicas da cidade; se o senhor prometer fielmente levar dois exemplares do que descrevi, irei marchando na frente do grupo de louvor tocando Onward, Christian Soldiers [Avante, soldados cristãos] e estarei pronto para o debate”.

O homem que propôs o desafio parecia ter sendo de humor, pois deu um sorriso amarelo e moveu a mão protestando como se dissesse “Deixa prá lá!”. Depois, saiu de fininho enquanto os espectadores aplaudiam Ironside e os outros. O poder do CRISTO VIVO operando pelo ESPÍRITO SANTO por meio das ESCRITURAS transforma vidas. Isso tem sido comprovado ao longo da história. É uma prova poderosa de que a BÍBLIA É DE FATO A PALAVRA DE DEUS!!!

(Extraído do Livro: Fundamentos da Fé Cristã; Boice, James Montgomery; Editora Central Gospel, 2011, p. 59-61)

segunda-feira, 23 de maio de 2011

ESPÍRITO SANTO A FONTE DO AVIVAMENTO ESPIRITUAL


Texto Base Jo 14. 16-18; 7.38-39

Introdução

1. O Senhor Jesus no dia em que seria traído, ele preparou os seus discípulos, por que ele iria morrer. Nós chamamos o trecho de Jo 14-16 como o Sermão da despedida, este foi o ultimo sermão de Jesus para os seus discípulos, nestes trechos Jesus faz uma das promessas mais importantes para o Cristão, a promessa da VINDA DO ESPIRITO SANTO PARA HABITAR NOS CRISTÃOS. Portanto o Cristão é o templo do Espírito Santo, o cristão é a morada de Deus (I Co 3.16). Isto é um dos grandes privilégios que temos como cristãos, pensem bem ser a moradia do Espírito Santo, e todos aqueles que têm o Espírito Santo um dia vai morar no céu com o Pai Celestial. Ele é o Selo de nossa redenção. (Ef 1.13-14)

2. Quem é o Espírito Santo. O Espírito Santo é a terceira pessoa da Santíssima Trindade, Trindade significa três pessoas numa só. O Espírito Santo é Deus e é dotado da mesma essência do Pai e do Filho. Ele tem os mesmos atributos do Pai e do Filho. Ele participou da Criação do Universo, Ele movia sobre a face das águas (Gn 1.2).

3. Alguns cristãos sentem a necessidade do poder do Espírito Santo, mas vivem como se Ele não existisse. Alguém já disse que os Cristãos funcionam 90% de seu tempo sem nenhuma preocupação com o Espírito Santo. Se este número estas corretos então muitos cristãos estão definitivamente deixando de experimentar o poder e benefícios do Espírito que está disponível para todos os cristãos. O Espírito Santo é um companheiro que nos está disponível 24 horas por dia para nos auxiliar e principalmente nos fazer companhia.

O Espírito Santo no dia a dia nos tem dado vários benefícios, que somente Ele nos pode dar, hoje iremos ver alguns benefícios do Espírito Santo na vida do cristão.

I. O Espírito Santo nos consola Jo 14.16 (Eu rogarei ao Pai, e ele dará outro consolador, a fim de que esteja para sempre convosco.) Um dos títulos dado ao Espírito Santo é de consolador, este é o mesmo termo que usamos para advogado, o termo é parakleto que significa “convocado para andar ao lado de” O Espírito Santo está ao nosso lado dia a dia nos orientando, consolando nos dando força para vencer os obstáculos que se levantam para derrubar o Cristão. O Espírito Santo é o nosso advogado o nosso defensor, Ele nos defende dos ataques diabólicos.

II. O Espírito Santo nos santifica. I Pe 1.2 ( escolhidos de acordo com o pré-conhecimento de Deus Pai, pela obra santificadora do Espírito, para a obediência a Jesus Cristo e a aspersão do seu sangue). Quando o homem pecou no seu pré-conhecimento Deus planejou a salvação do homem, Cristo Deveria cumprir todo o seu plano na cruz do calvário, e o Espírito Santo iria atuar separando os crentes para a obra de santificação, pelo qual sem a obra de santificação ninguém verá o Senhor. (Hb 12.14).

A palavra santificar significa basicamente, “separar”. Em seu sentido original, a raiz da palavra é a mesma de santo. Para o Cristão, a santificação inclui três aspectos.

O 1º aspecto é chamada de santificação Posicional; Relaciona-se com a posição que cada cristão desfruta por estar separado tornado-se membro da família de Deus pela fé em Jesus Cristo.

O 2º aspecto esta relacionado com a nossa condição atual ou Progressiva de separação ao longo de toda nossa vida. Toda a exortação e mandamento e exortação para uma vida santa diz respeito à santificação progressiva (I Pe 1.16) esta transformação é de glória em glória (II Co 3.18).

O 3º aspecto normalmente é chamado de santificação Plena, a qual somente obterá no céu, quando seremos separados para o nosso Deus de maneira completa e eterna (Fp 1.6; 3.12-16). Filipenses 2.12-13 (Assim meus amados, como sempre vocês obedeceram, não apenas na minha presença, porém muito mais agora na minha ausência, ponham em ação a salvação de vocês com temor e Tremor, pois é Deus que efetua em vocês tanto o querer como o realizar de acordo com a boa vontade dele).Neste texto entendemos que Deus através do Espírito Santo põe um pensamento ou um desejo em nossa mente, pode ser a convicção de que alguma coisa que fizemos está errada, ou que deveríamos fazer algo de positivo e nos reagimos positivamente ou desejo. Se alimentarmos de sua divina semente cresceremos cada vez mais, e se a sufocarmos deixamos de crescer, e estagnamos o processo de santificação. Deus deseja modificar o nossa caráter, mudar os aspectos negativos de nossos temperamentos, realmente ele quer que sejamos igual ao seu Filho, Santificação significa a obra do Espírito de sermos semelhante a Jesus Cristo. Deus depõe de duas maneiras de santificar o crente que são a Palavra (Ef 5.26 para santificá-la, tendo a purificado pelo lavar da água mediante a palavra. NVI) e o Espírito (Rm 1.4; I Pe 1.2).

III. O Espírito Santo nos testifica. E é o Espírito Santo, também, que assegura ao cristão que ele é filho de Deus (Rm 8.16). No original, a palavra usada para indicar filhos é tekna ( cuja conotação é filho pela vontade de Deus, diferente de huioi filhos naturais {Jo 1.12}; isso serve para enfatizar que o Cristão compartilha a vida com o Pai. Por isso, também se torna um herdeiro do que o Pai possui. A obra do Espírito é testificar isso no coração de cada cristão todas as promessas de Deus para as nossas vidas. Promessa de Vida Eterna e etc.

IV.O Espírito Santo nos ajuda. Jesus sabia muito bem que passaríamos por dificuldades nesta vida, pois ele mesmo disse que neste mundo passaríamos por aflições (Jo 16.33). Por este motivo Ele disse que não estaríamos sós, pois Ele enviaria o Espírito Santo, e Ele nos ajudaria a fazer a vontade de Deus, e principalmente vencer as obras do diabo. O Espírito Santo nos ajuda das seguintes maneiras:

1. Tirando o medo ou covardia II Tm 1.7; I Jo 4.4

2. Nas nossas orações tornando-a eficaz Rm 8.26

3. No Testemunhar. At 1.8; Lc 12.12

Conclusão

1. Como já vimos o Espírito Santo foi enviado para trazer grandes benéficos na vida do Cristão, como nos consolar, santificar, testificar e ajudar a vencer todas as barreiras.

2. O Espírito Santo deseja ser intimo de cada Cristão. Devemos buscar o enchimento do Espírito Santo. Nosso slogan deve ser: MOVIDOS PELO ESPIRITO, e assim seremos vitoriosos na vida Cristã. Que Deus os abençoe!!!!!

segunda-feira, 18 de abril de 2011

A Revelação de Deus Parte 1

A Revelação de Deus

A palavra revelação vem do grego apokalupsis; do latim revelatio, que significa “tirar o véu”; Portanto é uma manifestação sobrenatural de uma verdade que se achava oculta. Moisés, a respeito da Revelação de Deus escreveu:

As coisas encobertas pertencem ao Senhor, nosso Deus, porém as reveladas nos pertencem, a nós e a nossos filhos, para sempre, para que cumpramos todas as palavras desta lei.[1]

A revelação é um ato de Deus. É Deus que tem a iniciativa de se revelar para os homens. Deus criou o homem como um ser inteligente para ter comunhão com ele. De todas as criaturas, o homem, é o único feito à imagem de Deus (Gênesis 1.27)[2]. Desde a criação, Deus tem desejado que escolhamos imitá-lo e estar com Ele. Para fazer isso, precisamos saber quem Ele é e o que Ele deseja de nós. É por isso que Deus nos deu a Bíblia. Ela é a revelação de Deus para nos equipar para toda a boa obra (II Timóteo 3.16-17)[3]. Podemos definir a revelação como: "a doutrina da Comunicação de Deus aos homens". E esta doutrina é amplamente confirmada nas páginas das Sagradas Escrituras. Este ensino subordina-se a um outro: o da Revelação de Deus aos homens. A Doutrina da Revelação de Deus trata da manifestação que Deus faz de si mesmo e de sua vontade aos homens (Am 3.7)[4].

De acordo com o teólogo Horton, que precisamente, a respeito da Revelação escreveu:

O Deus absoluto e eternamente consciente de si mesmo tomou a iniciativa de se tornar conhecido á sua criação. A revelação que Deus fez de si mesmo foi um autodesenvolvimento deliberado. Ninguém forçou a Deus a se tornar conhecido; ninguém descobriu por acidente. Num ato voluntário, Deus, fez se conhecido; aos que de outra forma não poderiam conhecer.[5]

Porque não podemos conhecer a Deus sem o seu ato de revelar-se? A resposta é:"como Deus é infinito e nós finitos e limitados, jamais podemos compreender plenamente Deus, se Ele não se revelar". Vejamos o que o Salmista escreveu:

Tal conhecimento é maravilhoso demais para mim: é sobremodo elevado, não o posso atingir.[6]

O conteúdo da revelação divina é aquilo que Deus queria que fosse comunicado nada mais, nada menos que isso. Todas as considerações a respeito de Deus não passam de mera especulação à parte do que Ele mesmo revelou. No livro de Apocalipse Deus encerra a revelação escrita com uma advertência:

Eu, a todo aquele que ouve as palavras da profecia deste livro, testifico: Se alguém lhes fizer qualquer acréscimo, Deus lhe acrescentará os flagelos escritos neste livro; e, se alguém tirar qualquer coisa das palavras do livro desta profecia, Deus tirará a sua parte da árvore da vida, da cidade santa e das coisas que se acham escritas neste livro.[7]

A revelação de Deus é uma expressão da graça divina. Pois Deus se deu a conhecer aos seres humanos, visando o próprio bem destes. O maior privilégio do ser humano é poder conhecer a Deus, glorificá-lo e desfrutar para sempre de sua presença. Essa comunicação privilegiada reflete o amor e a bondade de Deus que, graciosamente, deu se a conhecer.O teólogo Emil Brunner considera estupendo o fato de Deus se revelar que escreveu:

O próprio Deus haja dado de si mesmo pessoalmente a mim; somente dessa maneira, posso entregar-me a Ele ao aceitar a doação de si mesmo a mim.[8]


[1] Deuteronômio 29.29

[2] Criou Deus, pois, o homem à sua imagem, à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou.

[3] Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça, 7a fim de que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente habilitado para toda boa obra.

[4] Certamente, o Senhor Deus não fará coisa alguma, sem primeiro revelar o seu segredo aos seus servos, os profetas.

[5] HORTON, Stanley M. Teologia Sistemática: uma perspectiva Pentecostal. CPAD. Pag. 67

[6] Salmo 139.6

[7] Apocalipse 22.18-19

[8] Brunner, Revelation and Reason, pg. 42