CRESCENDO NA GRAÇA PARTE II
Texto
Base:
II Pe 3.18
&ð “Antes, crescei na graça e no conhecimento de
nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. A ele seja a glória, tanto agora como no
dia eterno.” (ARA)
Introdução
No estudo passado, vimos o que é a
graça e os dois tipos de graça que encontramos na Bíblia como também o
propósito da lei antes de ser estabelecido no período da graça. Hoje iremos
analisar três perigos que existem a respeito da graça e qual é a lei da graça.
I. Os Perigos Existentes
a Respeito da Graça.
A graça em si não é perigosa, mas
sim as deturpações e os desvios a respeito desta importantíssima doutrina
bíblica. Muitos introduziram ideias errôneas levando muitos ao engano. Isto
ocorre por falta de conhecimento da palavra de Deus (Mt 22.29) e da palavra
pregada, isto é por falta de profecia[1]
(Pv 29.18). Vejamos os perigos existentes:
1.
Substituir
a graça de Deus pela Lei.
Isto ocorreu na igreja de Gálatas de
acordo com que o Apóstolo Paulo escreveu para as igrejas da Galácia conforme (Gl
1.6-7). Neste texto o apostolo Paulo usa a palavra héteros (outro de espécie
diferente) para outro e não allos (outro da mesma espécie ou essência), eles
estavam passando do evangelho da graça para o evangelho da lei devido ao
movimento judaizante que estava perturbando o caminho de Deus (Gl 1.7). Para
eles a graça não era o suficiente para salvar o pecador e sim seguir a lei
judaica. Hoje vemos estas ideias assolando o cristianismo, através do
adventismo e dos usos e costumes impostas por muitas igrejas como meio de
salvação.
Muitos caíram, pois não conseguiram cumprir
as leis impostas pelos homens, nem mesmo os que colocam tais leis (Mt 23.2-4).
·
A lei (regras) é para imaturos ou pecadores ð I Tm 1.8-10
·
A lei (regras) não pode libertar ð Cl 2.20-23
·
A lei tira a ação do Espírito ð Gl 3.2-3
2.
Dar
Lugar a Libertinagem.
Devemos tomar cuidado de fazer da
graça uma doutrina de libertinagem, pois a graça traz liberdade e não
libertinagem, como disse Paulo aos gálatas: “Porque vós, irmãos, fostes chamados à liberdade; porém não useis da
liberdade para dar ocasião à carne; sede, antes, servos uns dos outros, pelo
amor.” (Gl 5.13 – ARA). A parte para dar ocasião à palavra usada aqui é arphomē
que é um vocábulo militar para “base de operações”; é usada varias vezes por
Paulo no sentido de uma “ocasião conveniente”, como também aqui. A carne é
representada como uma oportunidade, sempre pronto para aproveitar-se de
qualquer oportunidade. A liberdade cristã é liberdade do pecado, não liberdade
para pecar. Na verdade essa “liberdade” para pecar é uma licenciosidade
desenfreada, não é liberdade alguma; é outra forma mais terrível de servidão,
uma escravidão aos desejos de nossa natureza caída. Jesus disse aos judeus: “Replicou-lhes Jesus: Em verdade, em verdade
vos digo: todo o que comete pecado é escravo do pecado.” (Jo 8.34 -ARA). E
o apóstolo Paulo nos descreve como sendo “escravos de toda sorte de paixões[2]
e prazeres” (Tt 3.3). Em nossa sociedade de hoje temos muitos escravos deste
tipo; que proclama em altas vozes a sua liberdade; falam de amor livre e vida
livre. Mas na realidade, são escravos de
seus próprios apetites, aos quais deram rédea solta simplesmente porque não
sabe controlá-los.
A liberdade cristã é muito
diferente. Longe de serem livres para satisfazer a carne, os cristãos “crucificaram a carne, com as suas paixões e
concupiscências” (Gl 5.24 - ARA). Isto é repudiamos totalmente as
reivindicações de nossa natureza inferior para nos governar, pois crucificamos
a nossa velha natureza e agora procuramos viver no Espírito, recebendo a
promessa de que se fizermos, jamais satisfaremos a concupiscência da carne (Gl
5,16); pelo contrário, o Espírito Santo vai produzir os seus frutos em nossas
vidas, culminando com o domínio próprio (Gl 5.22-23).
A respeito de nossa liberdade em
Cristo Paulo escreveu que “Todas as
coisas são lícitas, mas nem todas convêm[3];
todas são lícitas, mas nem todas edificam.” (I Co 10.23 - ARA). Esta deve
ser a nossa meditação, antes de fazermos qualquer coisa. Devemos perguntar para
a nossa consciência: Isto convém? Ou Isto nos edifica?
3.
Vender
ou comprar a graça de Deus.
Infelizmente
muitos tentam comprar a graça de Deus, como no caso de Simão relatada em Atos
8.17-24. Muitos querem comprar as bênçãos de Deus, isto é fazer barganha para
com Deus como Jacó (Gn 28.10-22).
Outro perigo é que alguns pensam que
são detentores da graça de Deus e que por isso pode vender os meios da graça de
Deus conforme Tiago 4.17. (&ðPortanto,
aquele que sabe que deve fazer o bem e não o faz nisso está pecando.).
Já vi pastores orar por pessoas necessitadas mediante o recebimento de ofertas,
ou prega em igrejas mediante a certa quantia de dinheiro. Tem grupos de
louvores ou cantores gospel só cantam se receberem um cachê bem alto. Temos que
tomar cuidado, pois aquele que nos deu os dons pode tirar, pois o que recebemos
pela graça, devemos usar sem exigir nada
em troca (Mt 10.8 &ðCurai
enfermos, ressuscitai mortos, purificai leprosos, expeli demônios; de graça
recebestes, de graça dai. - ARA).
Conclusão
1. Neste
estudo vimos que a graça de Deus não pode ser substituída pela lei.
2. Outro
perigo é confundir a graça de Deus por libertinagem.
3. Não
podemos comprar a graça de Deus ou vender a graça de Deus, pois é um presente
de Deus.
4. Portanto
devemos receber e usufruir a graça de Deus com sabedoria e dedicação.
Que
Deus nos Abençoe!!!!
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