Conduzidos ao Deserto!!! Parte I
Os
2.14
&ð”Portanto,
eis que eu a atrairei, e a levarei para o deserto, e lhe falarei ao coração.”
(Os 2.14 ARA).
Introdução
A palavra para deserto no hebraico é
midbar que significa uma região inabitada. O deserto é uma região geográfica
com terra seca, sem vegetação e inabitável. Segundo o dicionário Houaiss o
deserto “é uma zona árida, com precipitações atmosféricas irregulares ou
escassas, vegetação inexistentes ou rara, relevo formado pela alteração de
determinadas rochas, e desprovidas de habitantes permanentementes”.
O que significa a terminologia o
deserto para os cristãos? A resposta é tomamos o “deserto” como uma
metáfora da vida, do palco onde se desenrola o drama da vida cristã. E há
momentos em nossas vidas em que experimentamos uma espécie de “deserto
espiritual”, momentos de segura e escassez de alegria espiritual. Na vida
enfrentamos dois desertos:
1. O Deserto de Nossa Peregrinação ð (I Pe 1.17&ð
Ora, se invocais como Pai aquele que, sem acepção de pessoas, julga segundo as
obras de cada um, portai-vos com temor durante o tempo da vossa peregrinação, ARA).
Pedro neste texto nos ensina que devemos portar com temor durante o tempo de
nossa peregrinação. O que significa o tempo de nossa peregrinação? A palavra
peregrinação usada por Pedro é paroikia que significa: “(1) estadia por pouco
tempo, habitar numa terra estranha (2) metáf. a vida do ser humano aqui na
terra é semelhante a uma residência temporária”. Da mesma forma que Israel
peregrinou no deserto até a terra prometida, nós peregrinamos no deserto desta
vida para a terra prometida (o céu).
ð No capitulo 2 do verso 11
novamente Pedro usa o termo, peregrino, agora acompanhada da palavra forasteiro
a onde o apostolo usou o termo parepidemos que significa “(1) alguém que vem de
um país estrangeiro para uma cidade ou região para residir lá junto aos nativos
(2) que reside por pouco tempo no estrangeiro (3) no NT, metáf. com referência
ao céu como pátria, alguém que reside por pouco tempo na terra.” Portanto somos
cidadãos celestiais e estamos peregrinando. Jesus em sua oração sacerdotal
frisou: “Eu lhes tenho dado a tua
palavra, e o mundo os odiou, porque eles não são do mundo, como também eu não
sou. Não peço que os tires do mundo, e sim que os guardes do mal. Eles não são
do mundo, como também eu não sou.”(Jo 17.14-16). Da mesma forma que o
povo de Israel passou por algumas privações no deserto, passamos por algumas
privações também neste mundo (deserto) vejamos alguns textos (Lc 9.24-26; Mt
10.39; Mc 8.36-37; Rm 8.18). Temos uma pátria e somos peregrinos na terra como
viveram os heróis da fé, registrado em Hb 11.13-14 (&ðTodos
estes morreram na fé, sem terem recebido as promessas, mas, vendo-as de longe,
e crendo nelas, e abraçando-as, confessaram que eram estrangeiros
e peregrinos na terra. Porque
os que isso dizem claramente mostram que buscam uma pátria.
[ARC])
2. O Deserto Pessoal ð É o deserto que Deus nos
leva a enfrentar, na qual Deus tem algum objetivo em nossas vidas. Como no
texto base de Oséias[1] a onde Deus trairia o povo
de Israel para o deserto (cativeiro) e Deus falaria no coração deles (objetivo
de Israel reconhecer os seus pecados e volta para o Senhor). O deserto pessoal
é um lugar de revelação e chamado (Ex 3.1-3), de provação (Dt 8.1-3); de
tentação para nos preparar contra o mundo, a carne e o diabo (Mt 4.1). No
deserto pessoal visa a reconhecer a soberania de Deus e viver sob a dependência
do Senhor.
Neste
deserto Deus nos suprirá, e nos dará força para suportar, pois é o Senhor que
nos levou ao deserto. No próximo estudo iremos ver os benefícios que o deserto produz
na vida do cristão.
Que
Deus nos Abençoe!!!
[1] “Portanto,
eis que eu a atrairei, e a levarei para o deserto, e lhe falarei ao coração.”
(Os 2.14 ARA).
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