terça-feira, 3 de julho de 2012

Conduzidos ao Deserto Parte I


Conduzidos ao Deserto!!! Parte I
Os 2.14
&ðPortanto, eis que eu a atrairei, e a levarei para o deserto, e lhe falarei ao coração.” (Os 2.14 ARA).

Introdução
            A palavra para deserto no hebraico é midbar que significa uma região inabitada. O deserto é uma região geográfica com terra seca, sem vegetação e inabitável. Segundo o dicionário Houaiss o deserto “é uma zona árida, com  precipitações atmosféricas irregulares ou escassas, vegetação inexistentes ou rara, relevo formado pela alteração de determinadas rochas, e desprovidas de habitantes permanentementes”.
            O que significa a terminologia o deserto para os cristãos? A resposta é tomamos o “deserto” como uma metáfora da vida, do palco onde se desenrola o drama da vida cristã. E há momentos em nossas vidas em que experimentamos uma espécie de “deserto espiritual”, momentos de segura e escassez de alegria espiritual. Na vida enfrentamos dois desertos:

1.    O Deserto de Nossa Peregrinação ð (I Pe 1.17&ð Ora, se invocais como Pai aquele que, sem acepção de pessoas, julga segundo as obras de cada um, portai-vos com temor durante o tempo da vossa peregrinação, ARA). Pedro neste texto nos ensina que devemos portar com temor durante o tempo de nossa peregrinação. O que significa o tempo de nossa peregrinação? A palavra peregrinação usada por Pedro é paroikia que significa: “(1) estadia por pouco tempo, habitar numa terra estranha (2) metáf. a vida do ser humano aqui na terra é semelhante a uma residência temporária”. Da mesma forma que Israel peregrinou no deserto até a terra prometida, nós peregrinamos no deserto desta vida para a terra prometida (o céu).
ð No capitulo 2 do verso 11 novamente Pedro usa o termo, peregrino, agora acompanhada da palavra forasteiro a onde o apostolo usou o termo parepidemos que significa “(1) alguém que vem de um país estrangeiro para uma cidade ou região para residir lá junto aos nativos (2) que reside por pouco tempo no estrangeiro (3) no NT, metáf. com referência ao céu como pátria, alguém que reside por pouco tempo na terra.” Portanto somos cidadãos celestiais e estamos peregrinando. Jesus em sua oração sacerdotal frisou: “Eu lhes tenho dado a tua palavra, e o mundo os odiou, porque eles não são do mundo, como também eu não sou. Não peço que os tires do mundo, e sim que os guardes do mal. Eles não são do mundo, como também eu não sou.”(Jo 17.14-16). Da mesma forma que o povo de Israel passou por algumas privações no deserto, passamos por algumas privações também neste mundo (deserto) vejamos alguns textos (Lc 9.24-26; Mt 10.39; Mc 8.36-37; Rm 8.18). Temos uma pátria e somos peregrinos na terra como viveram os heróis da fé, registrado em Hb 11.13-14 (&ðTodos estes morreram na fé, sem terem recebido as promessas, mas, vendo-as de longe, e crendo nelas, e abraçando-as, confessaram que eram estrangeiros e peregrinos na terra. Porque os que isso dizem claramente mostram que buscam uma pátria. [ARC])
    
2.    O Deserto Pessoal ð É o deserto que Deus nos leva a enfrentar, na qual Deus tem algum objetivo em nossas vidas. Como no texto base de Oséias[1] a onde Deus trairia o povo de Israel para o deserto (cativeiro) e Deus falaria no coração deles (objetivo de Israel reconhecer os seus pecados e volta para o Senhor). O deserto pessoal é um lugar de revelação e chamado (Ex 3.1-3), de provação (Dt 8.1-3); de tentação para nos preparar contra o mundo, a carne e o diabo (Mt 4.1). No deserto pessoal visa a reconhecer a soberania de Deus e viver sob a dependência do Senhor.

            Neste deserto Deus nos suprirá, e nos dará força para suportar, pois é o Senhor que nos levou ao deserto. No próximo estudo iremos ver os benefícios que o deserto produz na vida do cristão.

Que Deus nos Abençoe!!!



[1] “Portanto, eis que eu a atrairei, e a levarei para o deserto, e lhe falarei ao coração.” (Os 2.14 ARA).

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